O Pato, a Morte e a Tulipa #43

Autor: Wolf Erlbruch
Editora Cosacnaify
Ano: 2009
Páginas: 32

“Estou por perto desde que você nasceu, por vias das dúvidas – falou a morte”

Um livro infanto-juvenil pode ensinar ou discutir sobre algo tão profundo quanto a morte? Pode sim.
Esse pequeno livro, com poucos diálogos e grandes ilustrações nos traz a história de uma simples pato que um belo dia encontrou a morte. Após alguns dias com a morte ao seu lado, finalmente a tulipa é entregue. A morte se apresenta bem simpática, dizendo ao pato que ela sempre esteve presente. Diz também que as coisas cotidianas continuarão existindo depois do pato, mas não para o pato. No final, a morte quase fica triste, mas acaba lembrando que a vida é assim mesmo.

E a vida é assim mesmo, pois a certeza que temos da nossa vida é que um dia ela findará. E é talvez pelo seu caráter inevitável que não devemos temer a morte. Vamos pensar: enquanto estamos, ela (a morte) não está, e quando ela chegar, nós não estremos mais. Então, para que temer? Importa levarmos uma vida plena de conhecimento, amigos e virtudes; no final, bem no final, quando estiver esticados com flores embaixo do travesseiro e velas ao redor, importa que nossos amigos e familiares enterrem apenas o nosso corpo, pois continuar vivendo depois da morte (do corpo) é imprescindível.

Vale a pena lembrar da resenha do livro-diálogo de Platão: Fédon, que fala exatamente sobre a morte, mas também sobre a vida.

Na imagem destacada o quadro de Arnold Böcklin intitulado: Autorretrato com a Morte Tocando Violino

P.S. desculpem o hiato que ocorrerá daqui em diante, finalmente consegui ingressar em um mestrado em uma Universidade Pública, e os estudos em Filosofia estarão me consumindo. Mas não abandonarei vocês.  🙂

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Até a próxima!

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