News of the World – (1977) – Queen #3

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News Of The World – 1977

1 – We Will Rock You – Brian May – 2:01
2 – We Are The Champions – Freddie Mercury – 2:59
3 – Sheer Heart Attack – Roger Taylor – 3:26
4 – All Dead, All Dead – Brian May – 3:09
5 – Spread Your Wings – John Deacon – 4:32
6 – Fight From The Inside – Roger Taylor – 3:03
7 – Get Down, Make Love – Freddie Mercury – 3:51
8 – Sleeping On The Sidewalk – Brian May – 3:06
9 – Who Needs You – John Deacon – 3:05
10 – It’s Late – Brian May – 6:26
11 – My Melancholy Blues – Freddie Mercury – 3:29

News of the World, sexto álbum do Queen, fez parte de um momento de mudanças para a banda. Tendo alcançado fama e chegado ao ponto de ser venerada por suas complexas gravações (destaque para os álbuns A Night at the Opera e A Day at the Races), a banda encontrou-se em um momento musical que exigia um passo em uma direção completamente diferente. E o final da década de 1970 foi o período mais produtivo na carreira da banda. Trata-se de um álbum cru, simples e objetivo, o mais fácil de ser gravado e o que mostrava, pela primeira vez, o Queen trilhando caminhos que não conheciam bem, embora não ignorassem o que iriam fazer.
O Queen conseguiu realizar o seu passo definitivo para um cenário mais popular, não menos experimental, mas definitivamente menos “erudito” ou “intricado” que seus primeiros cinco álbuns. Era a hora e a vez de aproximar-se do punk e do hard-rock sem quebrar a identidade da banda. É um grande disco, sem dúvida alguma.

Músicas

All Dead, All Dead

É o momento mais lírico no disco com a banda exercitando os vocais em arranjos maravilhosos acompanhados apenas pelo piano e por uma marcação simples da bateria. A canção é de Brian May que fez, em parte, para uma perda que ele nunca superou: a morte de seu gato de infância. A composição teve esse ponto motivador, mas havia também a memória de amigos que partiram, junção que gerou uma das mais belas e delicadas baladas para piano sobre o tema. Os vocais são de May.

Memories, memories / How long can you stay to haunt my days?

Fight From The Inside

Surpreendentemente o foco principal é no baixo e na bateria. Nesta faixa, Taylor toca todos os instrumentos e faz todos os vocais. Uma música muito influenciada pelo punk.

Get Down, Make Love

Nesta música Mercury explora a temática sexual de forma psicodélica, outra influência da época de produção. Traz uma temática inovadora ao alternar passagens mais lentas com um casamento perfeito entre baixo e piano, com passagens mais rápidas encabeçadas por um poderoso riff de guitarra.

You take my body / I give you heat
You say you’re hungry / I give you meat

Sleeping On The Sidewalk

Aqui, um blues despretensioso, onde Brian May também assume os vocais principais, contando a história de um trompetista de rua descoberto, contratado e explorado pela gravadora e por empresários.

Who Needs You

Essa música tem um toque latino-hispânico, uma canção semi-acústica onde Deacon e May tocam violão à la Caribe.

It’s Late

É a música mais longa do cisco. Uma pérola de seis minutos e meio, com uma abordagem lírica teatral dividida em três atos, mostrando alguém dividido entre a mulher que ama e a amante – intercalando seus diálogos com ambas nas três divisões. A letra é a crônica de uma vida, como em uma pequena peça, além de uma surpresa na ponte entre o coro e o refrão final.

My Melancholy Blues

Finalizando a viagem musical, a depressão toma conta de Freddie, contando como se sentia após se esbaldar na noite e voltar para casa solitário.

Another party’s over / And I’m left cold sober

Vale a pena escutar

Sheer Heart Attack

Essa música é uma pancada na boca do estômago, cortesia do baterista Roger Taylor, composta originalmente para o álbum de mesmo nome. Segundo o próprio autor, inúmeros fatores influenciaram para que a faixa fosse deixada de lado, inacabada. Mas com a explosão do movimento punk no período, parecia ser o cenário perfeito para dar um “cala a boca” naqueles que desdenhavam do poder de fogo do quarteto. E que poder de fogo.

Spread Your Wings

Uma das mais belas composições do baixista John Deacon. Aqui o show novamente é de Freddie, soltando sua voz e passeando pelo piano enquanto canta a história de Sammy, um jovem solitário e sonhador, que trabalha na limpeza de um bar, desdenhado pelo seu patrão e encorajado pelo narrador a seguir suas aspirações.

Clássicas

We Will Rock You / We Are The Champions

Duas músicas que parecem se complementar tão perfeitamente que fica meio que impossível ouvir uma sem se lembrar da outra. E elas foram trabalhadas para que fosse assim mesmo: foram lançadas juntas, como lado A e B em single, foram compostas para serem o encerramento do show da banda (e desde sempre executadas assim), de modo a envolver a plateia e colocar todos para cantarem em coro. Até as rádios na época as executavam em seguida, sem interrupção. O que a banda mal podia imaginar era a dimensão que isso iria tomar, com ambas as faixas transcendendo as margens do rock, da música em geral, e se tornarem hinos também do esporte. Até hoje arenas ao redor do mundo das mais diversas modalidades esportivas ecoam a primeira em seus intervalos, envolvendo as torcidas, e a segunda como a celebração dos vencedores dos torneios nas finais.
“We Will Rock You” é um momento mais experimental no disco composto pelo guitarrista Brian May com ritmo e melodia contagiantes marcados pelo uso de palmas e batucadas, a canção ainda tem um bom solo de guitarra quase ao seu final.

Já “We Are the Champions” tem um clima mais operístico com os vocais mais arrastados de Freddie Mercury acompanhado apenas por piano com a explosão de energia típica da banda nos momentos do refrão, talvez o refrão mais famoso da história da música.

Sem dúvida um disco que guarda muitas surpresas além dos 2 clássicos inciais.

Na imagem destacada o quadro Allegory of Victory, de Anne-Louis Girodet de Roussy de 1814.

Até a próxima!

4 comentários

    1. Olá Camila, tudo bem? Que bom ter vc por aqui! Realmente o filme faz um recorte de toda a história da banda e não é um bom parâmetro para iniciar, mas o importante é que sirva de porta de entrada.
      Eu confesso que só comecei a ouvir as belas canções de David Bowie depois que ele morreu.
      Antes tarde do que nunca, rsrsrsrs.
      Obrigado pelo comentário.
      Abração.

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