The Dark Side of the Moon – (1973) – Pink Floyd – Parte II #16

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Lado B

Money – (Waters) – 6:22
Us and Them – (Waters, Wright) – 7:46
Any Colour You Like – (Mason, Gilmour, Wright) – 3:25
Brain Damage – (Waters) – 3:48
Eclipse – (Waters) – 2:03

Continuando a análise de um dos maiores discos de rock de todos os tempos, trago as músicas do Lado B, conforme foram lançados no original. Vale lembrar que você pode relembrar o Lado A aqui.

The Dark Side of the Moon foi um sucesso imediato, chegando ao topo da Billboard nos Estados Unidos e já fez mais de novecentas aparições na parada desde então, tendo vendido mais de quinze milhões de cópias e estando na lista dos álbuns mais vendidos da história no país, também no Reino Unido e na França, com um total de cinquenta milhões de cópias comercializadas mundialmente até hoje. Em 2003, a revista especializada em música Rolling Stone anexou The Dark Side Of The Moon no segundo lugar de uma lista dos 200 álbuns definitivos no Rock and Roll Hall of Fame.

Há uma lenda que diz que existe uma sincronia entre esse disco e o filme O Mágico de Oz. A sincronização é conseguida fazendo pausa (de preferência a versão em CD) no princípio e retornando o disco quando o leão da MGM ruge pela terceira vez. Vou listar alguns momentos em que é possível verificar essa teoria:

  • Quando Dorothy cai de cima do cercado em que está se equilibrando, inicia-se a música “On the run” indicando o momento de suspense.
  • Quando a bruxa está chegando de bicicleta para raptar o cachorro de Dorothy, começam a tocar os sinos da música “Time”, análogo aos toques de campainhas de bicicletas.
  • A música “The great gig in the sky” é tocada no momento de suspense do filme, onde um tornado aproxima-se à casa. É possível perceber os três tempos da música em sincronia com as cenas de suspense, as cenas de sonho/desmaio e com as cenas de calmaria.
  • A cena em que Dorothy encontra o espantalho (personagem que alegava não ter cérebro) é acompanhada pela música “Brain Damage” (dano cerebral), e quando a letra da música começa a tocar: “the lunatic is in my head…” (o lunático está na minha cabeça), o espantalho começa a dançar freneticamente como um lunático.
  • No momento em que a bruxa do oeste lança uma bola de fogo contra Dorothy e seus companheiros, a música grita “run!” (corra). Entre outras coincidências.

Coincidência ou não, só vai descobrir quem fizer o teste.

Neste Lado do disco as músicas tratam mais especificamente sobre a loucura e o dinheiro. Nada mais atual do que enlouquecer em busca de dinheiro.

Músicas

Money

A caixa registradora no início faz com que a música seja logo reconhecida em todos os cantos do planeta, junto com a linha de baixo mais marcante da história. Cada nota penetra na sua mente sendo impossível esquecê-la. A música é cantada com ar satírico e crítico de Waters, seguida de um sax muito bem colocado, até desembocar numa explosão de sons: saxofone, guitarra, bateria e baixo se encaixando perfeitamente.  Money é um hit pronto, com um riff muito bem construído, é outro rock clássico que até hoje é entoado por diversas gerações.

Us and Them

A música segue um ritmo cadenciado, sofrendo algumas alterações em seu refrão e no final tem uma quebra completa. Clima único, vocal magistral, teclados envolventes, guitarra relaxante, sax fenomenal, bateria colocada perfeitamente. Um verdadeiro show de todos os músicos. A música nos pergunta: qual é mesmo a diferença entre nós e eles? (seja lá quem são “nós” e que são “eles”).

Us and them / And after all we’re only ordinary men

Any Colour You Like

Um som completamente futurista, que tem vários toques de sintetizador e um solo de Gilmour, gravado com duas guitarras. Mais uma música baseada nas viagens de ácido, onde a guitarra cria uma verdadeira onda sonora, indo e vindo e te levando junto, criando um clima único.

Brain Damage

Música em homenagem à Syd Barrett e a sua insanidade. Porém, muito mais do que uma homenagem, uma música linda. Para ser apreciada em todas as suas tonalidades:

Eclipse

O grande final do disco não poderia ser outro. Eclipse é a síntese do disco, ela sintetiza perfeitamente o conceito em que estamos inseridos, tudo o que vivemos, tudo o que presenciamos. O coração pulsando ao final da música representa isso: a vida e tudo que passamos durante a nossa existência.

Dark Side of the Moon transcende a barreira do real, do mundo que existe a nossa volta. Somos levados a outra dimensão, que envolve todos os sentidos, envolve nossas mentes e nos faz experimentar sensações que nunca tínhamos sentido antes. Usando uma frase do disco: I’ll see you on the dark side of the moon.

Na imagem destacada o quadro Solar Eclipse, do pintor Bengt Nordenberg de 1851.

Até a próxima!

 

4 comentários

  1. Quando abri o post e dei de cara com a capa fez-me recordar como era um tempo que esperávamos com muita curiosidade como seria a capa do novo disco aguardado.
    E, no caso do Pink Floyd havia sempre uma mensagem por trás, que tentávamos desvendar. 🙂

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